Sergei Rachmaninoff.

Sergei Rachmaninoff nasceu em Semyonovo, na Rússia, onde teve a sua formação e onde escreveu a maior parte da sua produção musical. Devido à Revolução de Outubro em 1917, aceita um convite para tocar em Estocolmo, leva a família e não mais volta à Rússia exilando‐se nos Estados Unidos. A sua casa em Ivanovka foi destruída durante a guerra civil, e em 1931 Rachmaninoff escreve uma carta, que foi publicada no New York Times, denunciando as atrocidades do governo russo. Como consequência, a sua música foi proibida de imediato no seu país por ser “representativa da arte decadente”.

A partir de 1918 desenvolveu uma intensa carreira de pianista e de direção de orquestra nos Estados Unidos e Europa, ficando com muito menos tempo para compor. Ficou sempre visceralmente ligado à Rússia, sentindo uma profunda nostalgia da sua terra natal.

Rachmaninoff é um dos últimos representantes da tradição romântica russa, sendo considerado um pós‐romântico, embora tenha afirmado: “Nas minhas próprias composições, não fiz qualquer esforço para ser original, ou romântico, ou nacionalista ou seja o que for”.

A sua música tornou‐se bastante popular, tendo sido adaptada ao cinema por diversas vezes. No entanto, em certos meios musicais, Rachmaninoff não foi bem aceite, talvez por ter ignorado as grandes correntes musicais suas contemporâneas (as primeiras composições datam de 1886, ano em que faleceu Liszt, cujas últimas peças já prenunciavam o atonalismo). Aliás, Rachmaninoff assume com clareza: “sou visceralmente incapaz de compreender a música moderna, e por isso não posso gostar dela, da mesma maneira que não apreciarei uma língua cujo sentido e estrutura me sejam absolutamente estranhos”.

 

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